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As baleias se adaptam as mudanças climáticas mais rápido que os homens.

O aquecimento global é um problema que atinge à todas as criaturas na água, na terra, e os seres humanos. Apesar de existirem pesquisas para indicar que as baleias são altamente adaptáveis, elas têm padrões de migração que fazem parte de suas vidas. Elas podem ficar confusas sobre quando migrar e quando permanecer em seu habitat. No entanto, a organização sem fins lucrativos Mingan Island Cetacean Study (MICS), na costa norte do Golfo de St. Lawrence no Canadá, efetuou um estudo onde descobriu ao longo de 27 anos de pesquisas que as baleias estão se adaptando as mudanças climáticas mais rapidamente que os seres humanos.

O estudo se baseia na observação da migração sazonal de duas espécies: as baleias Jubarte e Fin que retornam de suas áreas de invernada a procura de alimento. Elas caçam krill e pequenos peixes como o arenque e capelim nas águas geladas do Atlântico.

De acordo com os dados obtidos entre 1984 e 2010 pela MICS, elas estão chegando em sua área de alimentação, em média, 01 dia antes a cada ano. Levando-se em consideração o tempo deste estudo, as baleias Jubarte e Fin já estão visitando a região do oceano Atlântico canadense 01 mês antes do que costumavam fazer.


Lembrando que as baleias são mamíferos de sangue quente e dependem da camada de gordura armazenada para mantê-las aquecidas. As mudanças climáticas atingem em cheio a cadeia alimentar, a partir do fitoplâncton, que alimenta o zooplancton, que por sua vez é o alimento destas baleias. Para que o fitoplâncton inicie a cadeia de eventos, a luz solar deve primeiro atingir as águas expostas do Golfo. Isso só pode acontecer quando a camada de gelo do inverno cobrindo o Golfo derrete a cada primavera. Como resultado direto das mudanças climáticas, esta camada de gelo está desaparecendo muito mais cedo, forçando o "florescimento" do fitoplancton por todo o Golfo prematuramente. As baleias Fin e Jubarte estão agora nadando mais cedo para o norte, para não perder este banquete.

De acordo com Christian Ramp, pesquisador da MICS, a mudança climática não é a única pressão ambiental imposta a estes animais: poluição sonora submarina, a contaminação da água e da concorrência com a pesca canadense por peixes e krill, colisões com o tráfego de navios pesados e emaranhamento em redes de pesca abandonadas podem ter consequências desastrosas para estas duas espécies em um futuro próximo.


Fonte: A/J Alternative Journal

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